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A IMPORTÂNCIA DA VISÃO ABRANGENTE: UM SEGUNDO ESCLARECIMENTO DE ALFREDO HEINE AOS “PNL-TERAPEUTAS”

Numa aula de Técnicas de Exame Psicológico I, neste semestre letivo 2021.2, foi  travado o seguinte diálogo no MS Teams: 

[21:48, 30/08/2021] JULIA: Professor, mas em relação a questão de se especializar em  abordagens, tive um professor que respondeu uma dúvida sobre utilizar técnicas de  diferentes abordagens no atendimento, porque para mim, todas contribuem de alguma  forma, ele deu a opinião dizendo que você pode usar as teorias de cada abordagem para  auxiliar, se você souber o que está fazendo. Gostaria de saber sua opinião sobre isso,  professor” 

O Prof. Rafael se posicionou, logo em seguida comentei sobre: 

“[21:46, 30/08/2021] Alfredo Heine: "Quem é especialista em tudo, não é especialista  em nada" Prof. Rafael. Realmente, pode ser um generalista efetivo no atendimento  clínico, eu, por exemplo, me considero psicoterapeuta sinérgico generalista e não especialista, procurando fazer sinergia de abordagens, porém com o cuidado de a  diferença de seus pressupostos não inviabilizar essa sinergia. 

Algum tempo depois, no WhatsApp, com a nova professora da disciplina, tivemos  um diálogo interessante que, inicialmente, fugiu ao tema ora em desenvolvimento, mas  que, ato contínuo, foi retomado, senão vejamos: 

“Profa. Jô, segundo o Prof. Edson Vizzoni, de Métodos de Observação e Coleta  de Dados, psicólogo e também engenheiro e filho estatístico, há uma diferença entre  Fidedigindade X Confiabilidade. Confiabilidade é um campo da Probabilidade, da  Matemática, enquanto Fidedignidade é conceito mais qualitativo, se não me engano,  vale a pena conversar sobre...........“ & “Profa. Jô, para mim, se não é fidedigno, então  não é confiável, se não é confiável, no fundo, não avalia o que se propõe a avaliar,  portanto, carece de validade, também, em minha percepção.” RJ, 08112021. Alfredo  Heine 

Ela foi atenciosa e respondeu acreditando que eu me referisse a um exercício  que tínhamos resolvido em sala de aula alguns minutos antes:

“Sim, Alfredo. Observe que a questão fazia referência ao processo de construção  do teste. Observe também que a proposta da questão consistia, tão somente, em  identificar/caracterizar o que significa "validade" e "fidedignidade".” 

“Certo, Profa. Jô, mas, pra ser sincero, fiz o comentário de forma bem  abrangente, não me ative à aula de hoje, não, é uma característica minha, gosto de ver  as coisas com abrangência, não me prendo a caso particular, posso partir de um caso  particular ou, de preferência, de muitos casos particulares, mas no final vejo as coisas  com abrangência, é uma característica minha.......................” 

“Profa. Jô, em PNL - Programação Neuro-Linguística, há uma proposta para  entender "as coisas" mais a fundo, se posicionando em diversos (um de cada vez) referenciais perceptuais, ou seja, referenciais de percepção, são pontos de vista, e um  deles é o Referencial Perceptual Sistêmico, momento em que o observador procura  analisar o todo, enquanto observador de "tudo o que acontece", entendendo-o como  um Sistema, é uma forma de buscar ver as coisas com abrangência, mas em meu  entendimento a verdadeira abrangência, mesmo, não é essa, mas sim a de quem visitou  todos os referenciais perceptuais, inclusive o sistêmico... Tive essa discussão  recentemente com o Prof. Maurício, do Instituto Inside You, esclareci a ele essa minha  opinião, pois ele pensava diferente: via a visão abrangente como a do referencial  sistêmico e achava que quem privilegia a visão abrangente ao mesmo tempo perde em  visão dos outros referenciais perceptuais/pontos de vista, então demonstrei ao  professor que ele estava correto, só que parcialmente, e fiz uma analogia com o  processo de obtenção de uma fórmula matemática: "Para mim, Alfredo Heine, a visão  abrangente dos mais inteligentes é diferente da de apenas do referencial perceptual  sistêmico, QUEM ALCANÇA E FORMULA A FÓRMULA GERAL SÓ PÔDE FAZÊ-LO A PARTIR  DOS CASOS PARTICULARES, PORTANTO, TAMBÉM CONHECE OS CASOS PARTICULARES  QUE EMBASARAM A FORMULAÇÃO.... ESSES CASOS PARTICULARES SÃO OUTROS  REFERENCIAIS, QUE NÃO O SISTÊMICO....." 

Vejam, só, a reação dos colegas do Mundo da PNL quando divulguei a minha  percepção sobre o tema, foi uma confusão, ficaram chateados, é o que acontece, 

principalmente, quando alguém tido como principiante (eu) mostra um novo olhar que,  à primeira vista, parece estar em contradição com as prévias convicções que tinham  sobre o tema........ 

 Vamos lá(!): “me ocorreu de te perguntar se você tem consciência da posição  perceptual que vc estava observando a situação, quando percebeu que abrangência  para você é diferente do que é abrangência para os outros, e ainda que isso determina  o que esta parcialmente correto?” Colega “Fulano” 

E, depois, outra colega me falou que a maneira como eu tinha apresentado  minha opinião dava a entender que eles estivessem errados, então, me defendi: 

“Eu falei que a ideia deles estava errada? Não! Falei que, em minha opinião e  entendimento e percepção, a visão abrangente, mesmo, não é a de apenas a partir do  referencial perceptual sistêmico, e eu demonstrei isso, é quase Matemática, amiga!  Ciência Exata! O que eles estão confundindo é Visão Abrangente X Referencial  Abrangente. O Referencial Abrangente é, sim, o Referencial Sistêmico, porém a Visão  Abrangente é a obtida ao se posicionar em TODOS os pontos de vista, inclusive no  Sistêmico, mas não somente nele. O meu raciocínio corrobora, ratifica e endossa a  própria proposta da PNL: modelar as pessoas geniais, que já se posicionavam no maior  número possível de pontos de vista naturalmente. A PNL as modelou e nos ensina a nos  comportar como elas. A visão abrangente delas é mais que a de apenas o Referencial  Sistêmico. Foi isso que esclareci: eles tinham entendido mal o que a própria PNL quis  dizer ao propor observar as coisas de vários referenciais perceptuais. Rio de Janeiro, 14  de novembro de 2021.” Alfredo Jorge Bahia Heine. 

Vejam que, no final das contas, a própria proposta da PNL no tema específico ora  em revisão, leva a visão verdadeiramente abrangente no final da visita a todos os  possíveis referenciais perceptuais. Ou seja, no fundo, não obstante tenha parecido para  eles que eu estivesse “contrariando” o entendimento consagrado da PNL, na realidade,  eu estava era corroborando, ratificando, endossando e reforçando!!!